GAMIFICAÇÃO. VILÃ OU MOCINHA, VAMOS PROBLEMATIZAR?

Gamificação pode ser entendida como uma metologia que se utiliza de jogos para incentivar, motivar, facilitando o aprendizado das pessoas em situações reais, geralmente não relacionada a jogos.
Ela também pode ser aplicada em diversos segmentos a exemplo da saúde, educação, treinamentos corporativos, marketing etc
Na fono algumas startups ajudam a solucionar problemas relacionados a distúrbios na comunicação,
se utilizando do reconhecimento do som para mover personagens durante os jogos, como a Fofuuu.
A Fofuuu é uma plataforma que conta com mais de mil usuários ativos, além de versões para profissionais.
Sendo uma forma mais atrativa de incentivar resultados reais será mesmo o fim da gamificação?

https://projetodraft.com/a-fofuuu-e-uma-plataforma-gamificada-de-tratamento-fonoaudiologico-para-criancas/

O MUNDO VISTO DO LADO DE CÁ

Por que é tão importante falarmos sobre globalização?

O Mundo Visto do Lado de Cá é um documentário do cineasta brasileiro Silvio Tendler, conduzido por uma entrevista com o geógrafo, advogado, intelectual baiano e professor Milton Santos. Em linhas gerais se discutem os problemas da globalização sob o olhar da periferia, além de apresentar movimentos na Bolívia, México, França, Brasil. Aborda a democracia como referência, exaltando a força da representatividade, da transparência, da flexibilidade, e da liberdade como forma suprema de vida. Temas super atuais, não?

Vamos as ideias do documentário?

O sec. XX é caracterizado pelo consumo voraz. Esse consumo se apresenta como "o grande fundamentalismo", não fazendo parte da cultura nacional ouvir tranquilamente, principalmente porque escutar é se arriscar, dividir responsabilidades. Uma sociedade intensamente consumista e globalizada acaba por se tornar perversa, bem diferente de como poderia ser. Nesse contexto surgem inúmeros problemas tais como a concentração da riqueza, a exploração de mão de obra, a ausência da responsabilidade social, a eliminação do emprego formal, aumento da pobreza, classe média achatada, poluição, baixos salários. Aborda também a temática da fome não como questão da produção dos alimentos e sim da sua má distribuição e a água desponta como uma grande dualidade entre privatização e patrimônio da humanidade.

Em linhas gerais o documentário discorre sobre o fato que o homem deixou de ser o centro do mundo, surgindo, por consequência, um novo modelo geopolítico proposto pelos economistas e imposto pela mídia. No mundo multinacionalizado a contradição se instala e o controle passa, lamentavelmente, a ser o poder. O grande desafio é não permitir que a informação nesse contexto altamente capitalista possa ser manipulada por pequenos grupos e produzam efeitos opostos ao desejado. Portanto, faz-se necessário abrir outras janelas de comunicação.

Propõe uma reflexão contemporânea a cerca da sociedade, que só admite a cultura quando feita por classes privilegiadas, excluindo por vezes a cultura popular, tão importante para exaltar a vida e a expressão dos excluídos. O documentário é sagaz ao apontar a necessidade de preparar a sociedade para um modelo de desenvolvimento solidário e de revindicação, sem dúvida um pensamento vivo sobre esperança e resistência, reacendendo debates sobre a civilização.

O documentário pode ser visto pelo link:

 https://www.youtube.com/watch?v=-UUB5DW_mnM